Estadão - O superintendente da Polícia Federal do Amapá, Anderson Fontel, afirmou nesta terça-feira, 15, que os advogados da MMX, do empresário Eike Batista, tiveram acesso aos autos da investigação da PF dois dias antes de ser deflagrada a Operação Toque de Midas, que na sexta-feira cumpriu 12 mandados de busca e apreensão no Amapá, no Rio e no Pará por causa de suspeitas de irregularidades na licitação da estrada de ferro do Amapá, vencida por uma empresa ligada à MMX.De acordo com Fontel, uma semana antes os advogados já sabiam da operação, pois tentaram acesso aos autos na Justiça Federal do Amapá, mas não conseguiram. A alternativa, segundo o superintendente da PF, foi um recurso no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília, que permitiu o acesso às informações, que, segundo Fontel, estavam correndo sob segredo de Justiça. "Se o investigado sabe da operação, ele vai se precaver de alguma forma", afirma.
