
O debate, promovido pelo Jornal do Brasil, teve muitas cobranças e ataques dos adversários ao candidato do PMDB, Eduardo Paes, atual líder das pesquisas, e ao governador Sérgio Cabral, do mesmo partido. A candidata do DEM, Solange Amaral, se encarregou de defender o prefeito Cesar Maia.
Crivella, segundo colocado nas pesquisas, foi obrigado a falar sobre a lei da homofobia _ assunto que preferia evitar _ para responder a uma pergunta de Solange Amaral. No único bloco em que os candidatos questionavam os adversários, a candidata do DEM leu trecho de um artigo em que o senador do PRB propõe um recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a lei, se aprovada no Senado e sancionada pelo presidente. Também conclama a população a se unir contra a criminalização da homofobia.
"O senhor quer ser prefeito e chamar a população para protestar contra uma lei aprovada. Quer dividir o Rio. Fiquei impressionada", disse Solange. "Pois continue impressionada", reagiu o senador. "A lei é uma excrescência. Fere o direito de liberdade de expressão. O direito de dizer que não concordo que o melhor caminho para meu filho seja o homossexualismo ninguém pode me tirar. Falo do homossexualismo, não do homossexual". Segundo Crivella, protestos de rua contra a lei seriam "um recurso da democracia". Em entrevista depois do debate, o senador disse que Solange tentou "fugir do debate das políticas públicas, porque teria que amargar uma resposta que colocaria em xeque o partido que ela representa".