JBOnline - O papa Bento XVI decidiu reabilitar um bispo que nega o Holocausto e o fez sem amplas consultas prévias no Vaticano, onde a decisão dividiu prelados que temem que ela tenha efeitos duradouros sobre as relações da Igreja com os judeus. Fontes da Igreja dizem que a iniciativa, que suscitou ultraje entre judeus e católicos progressistas, reflete o estilo autocrático do papa no comando da Igreja de 1,1 bilhão de fiéis, comparado a seu predecessor, João Paulo II, que tinha o hábito de fazer amplas consultas prévias.
- O papa, obviamente, não disse o que faria a pessoas que ele sabia que provavelmente seriam contra a decisão - disse uma fonte da Igreja, que, como outras, falou sob a condição de que fosse preservado seu anonimato.
- Apenas poucas pessoas sabiam que essa decisão seria tomada, e, aparentemente, as pessoas envolvidas no diálogo com os judeus não estavam entre elas - disse a fonte.
O bispo britânico Richard Williamson, um de quatro bispos tradicionalistas cujas excomunhões foram revogadas no sábado, deu no passado declarações negando a plena extensão do Holocausto dos judeus da Europa, ao contrário do que é afirmado pela maioria dos historiadores.
Williamson disse à televisão sueca: 'Acredito que não houve câmaras de gás' e que apenas até 300 mil judeus teriam morrido em campos de concentração nazistas, em lugar de 6 milhões'.
O cardeal alemão Walter Kasper, encarregado do departamento do Vaticano que trata da unidade dos cristãos e das relações da Igreja com os judeus, foi um dos muitos que não foi consultado.
- O papa, obviamente, não disse o que faria a pessoas que ele sabia que provavelmente seriam contra a decisão - disse uma fonte da Igreja, que, como outras, falou sob a condição de que fosse preservado seu anonimato.
- Apenas poucas pessoas sabiam que essa decisão seria tomada, e, aparentemente, as pessoas envolvidas no diálogo com os judeus não estavam entre elas - disse a fonte.
O bispo britânico Richard Williamson, um de quatro bispos tradicionalistas cujas excomunhões foram revogadas no sábado, deu no passado declarações negando a plena extensão do Holocausto dos judeus da Europa, ao contrário do que é afirmado pela maioria dos historiadores.
Williamson disse à televisão sueca: 'Acredito que não houve câmaras de gás' e que apenas até 300 mil judeus teriam morrido em campos de concentração nazistas, em lugar de 6 milhões'.
O cardeal alemão Walter Kasper, encarregado do departamento do Vaticano que trata da unidade dos cristãos e das relações da Igreja com os judeus, foi um dos muitos que não foi consultado.