
Pouco articulada, Weslian foi vítima de si mesma no debate. Sem a oratória e a desenvoltura do marido, ex-governador por quatro mandatos, ainda assim tentou incorporar o "jeito Roriz de debater". Nos momentos que sentiu-se acuada, caiu com um "tudo tem sua hora e vamos fazer" - mesmo subterfúgio usado por Roriz quando não quer se comprometer ou não encontra respostas.
Orientada pela campanha do marido, também adotou estratégia de criticar o PT, principal partido adversário da campanha do PSC, sem precisar polarizar o debate com Agnelo Queiroz, candidato líder nas pesquisas. Em duas ofensivas, ela se reportou ao candidato Toninho do PSOL, ex-petista.
Apesar de ter dito no horário eleitoral que Weslian seria "teleguiada" pelo marido caso eleita, no encontro nos estúdios da Rede Globo Toninho foi mais afável: "Eu não faço crítica ao fato da senhora estar aqui substituindo Joaquim Roriz, esse não é o problema. O nosso problema são as divergências que temos sobre os projetos para o DF", disse.
"Ao mirar no Toninho ela tem a intenção de, como o Roriz fez nos debates passados, achar um interlocutor que é educado, não vai agredir ninguém. Roriz também só perguntava ao Toninho nos debates que participou", avaliou a mulher do ex-petista, a candidata a deputada distrital Maninha (PSOL).