
Em pauta, estava a liberação de US$ 700 bilhões para a compra de títulos podres - com lastro em hipotecas inadimplentes -, a redução dos salários de executivos das instituições financeiras e a renegociação de contratos de hipotecas para ajudar proprietários com problemas para pagar dívidas.
Logo após a decisão, o mercado, que já estava ruim, ficou ainda pior. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) caiu para 10% e foi acionado o sistema de circuit breaker - que é o mecanismo utilizado pela Bovespa que permite, na ocorrência de movimentos bruscos de mercado, o amortecimento e o rebalanceamento das ordens de compra e de venda. Esse instrumento constitui-se em uma "proteção" à oscilação excessiva em momentos atípicos de mercado. A Bolsa voltará a operar às 15h19. Nos Estados Unidos. O índice Dow Jones caiu para 6,03%. A Nasdaq despenca 6,18%. O dólar comercial disparou para R$ 1,9330.
Até hoje, o mecanismo foi acionado em dez ocasiões. Em 97, em meio à crise da Ásia, os negócios foram interrompidos em 7 e 12 de novembro. Em 98, na crise da Rússia, foram cinco interrupção das operações por baixa de 10%, sendo que no dia 10 de novembro o mecanismo foi acionado duas vezes. As outras três paralisações do pregão foram em 21 de agosto e 4 e 17 de setembro. Depois, foi na crise cambial brasileira, quando em 13 e 14 de janeiro o circuit breaker voltou a ser acionado. Nesses dois últimos pregões, o Ibovespa bateu mínimas de 5.277 pontos e 5.050 pontos.