Alerj rejeita projeto de lei para liberar cerol em pipas no Estado do Rio

O Globo - A Assembléia Legislativa (Alerj) rejeitou nesta terça-feira o projeto de lei do deputado estadual Alessandro Calazans (PMN) que autoriza o uso do cerol em linhas de pipa emtodo o Estado do Rio. Por 29 votos a 16, o projeto será arquivado. O texto condicionava o uso da mistura apenas a partir de 200 metros das vias expressas e, ainda assim, somente nosprimeiros 15 metros da linha. O coordenador da campanha nacional "Cerol não!", Robson Moraes Almeida, disse que as pessoas e entidades de todo o Brasil que apoiam a campanhaentraram na luta contra o projeto.Assim como já denunciara a Associação dos Motociclistas do Estado do Rio (AMO-RJ), o projeto vai contra a lei do deputado Uzias Mocotó, aprovada em 2001 na Alerj, que proíbeo cerol.- Ficamos estarrecidos com o projeto do deputado. Sabemos, e temos informações para provar isso, que não existe maneira segura de se usar cerol em linhas de pipas. As linhas quecausam acidentes, independente de terem cerol ou não, foram cortadas por uma linha com cerol. Uma pipa cortada, vai cair bem longe de onde foi cortada causando problemas emdiversas pessoas, não somente motociclistas. É uma imprudência qualquer tentativa de legalizar o uso de cerol. É no mínimo uma atitude impensada de quem nunca leu ou se interousobre o assunto - criticou Robson Almeida, que sugeriu ao deputado que acesse o site cerol.com.br, que relata vários casos de pessoas e até animais que morreram em todo o Brasildegoladas por linhas de pipa.O presidente da Federação de Motoclubes do Estado do Rio (FMCRJ), Renato Pereira, também enviou carta de protesto nesta terça-feira para o parlamentar. Ele alerta que osacidentes causados por essas linhas de pipa (com cerol ou não) são na maioria das vezes fatais.- O Estado do Rio de Janeiro tem cerca de 200 mil motociclistas, sem conta os ciclistas que também são vítimas do cerol. Se for preciso estaremos nos mobilizando para tomar todasas medidas necessárias para que o projeto não continue tramitando na Alerj. Esperamos que o deputado tenha bom senso e o retire da pauta - apelou Pereira.